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Governo do Amazonas é responsável por caos e destruição em Apuí, após secretário do meio ambiente enviar ofício a Marina Silva

  • Foto do escritor: Portal Memorial News
    Portal Memorial News
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura
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Por Juca Queiroz - Redação

Jornalista MTB 088/DRT-AM

Fotos: Reprodução


O secretário do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, enviou um ofício diretamente ao Ministério do Meio Ambiente, liderado por Marina Silva, que promoveu uma operação federal que mergulhou o município de Apuí (distante 1.097 km de Manaus), em um cenário de guerra, levando caos e destruição a dezenas de famílias de produtores rurais do distrito de Sucunduri .


O ofício, datado de 9 de junho de 2025 e classificado como “URGENTE”, solicitava reforço federal para fiscalizações ambientais em áreas com suposta alta incidência de crimes ambientais. A resposta veio poucos dias depois, na forma de máquinas destruídas, currais derrubados, casas incendiadas e reduzidas a escombros.

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A operação conjunta entre o IBAMA e forças federais atingiu em cheio os moradores que, sem aviso prévio ou diálogo com lideranças locais, fiscais chegaram com ordens de destruir propriedades inteiras sob a justificativa de combater o desmatamento ilegal. A ação surpreendeu dezenas de famílias, que alegam terem sido criminalizadas sem sequer serem ouvidas.


“Eles chegaram armados, com caminhões, tratores e helicópteros. Nem sabiam direito onde estavam. Destruíram tudo, sem sequer olhar nossos documentos. A gente vive disso aqui”, relatou um dos produtores rurais, que teve seu patrimônio reduzido a pó.


O que mais revoltou os moradores não foi apenas a presença das forças federais, mas a maneira como tudo foi conduzido: sem critério técnico local, sem visitas de campo e sem qualquer diálogo com quem realmente vive e trabalha na floresta. O ofício enviado pela SEMA-AM, que deveria servir como alerta institucional, acabou sendo o estopim para uma operação considerada autoritária e desastrosa.


“O governo do Amazonas entregou de bandeja nossas famílias ao jugo de Brasília, sem nenhum cuidado com a forma como a ação seria executada”, afirmou um vereador da região, que preferiu não se identificar por medo de retaliações.


Imagens registradas por moradores mostram estruturas inteiras sendo demolidas: currais, galpões, cercas e até casas usadas por trabalhadores e suas famílias foram destruídas. Máquinas agrícolas foram queimadas ou levadas, e atividades de subsistência foram interrompidas. O sentimento geral é de injustiça e abandono.


“Trabalho há 15 anos nessa área, pago impostos, tenho licença de manejo, e mesmo assim destruíram meu sítio como se eu fosse um bandido”, afirmou outro agricultor atingido.


PERSEGUIÇÃO


A operação reacende um debate sensível no Amazonas: até que ponto as políticas ambientais estão sendo aplicadas com responsabilidade social? Especialistas reconhecem a importância da fiscalização rigorosa, mas alertam que ela não pode atropelar direitos fundamentais, como o de moradia e trabalho digno.


“Não é com fogo, marreta e helicóptero que se resolve conflito ambiental. É com presença do Estado, assistência técnica e diálogo. Destruir patrimônio rural sem ouvir quem vive ali é uma política cega”, criticou um ambientalista local.


Até o momento, nem o secretário Eduardo Taveira nem a ministra Marina Silva se pronunciaram sobre o impacto direto da operação nas comunidades de Apuí. Enquanto isso, famílias seguem desamparadas, contando os prejuízos e tentando entender por que foram tratadas como criminosas pelo próprio Estado que deveria protegê-las.


Revoltados e sem alternativas, os moradores agora cobram explicações do governo estadual e exigem reparações pelas perdas causadas por uma ação que, sob o pretexto de proteger o meio ambiente, destruiu vidas e histórias.



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