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Caprichoso apresenta 'retomada Kaá-Eté' na terceira noite de apresentação no Festival de Parintins

  • Foto do escritor: Portal Memorial News
    Portal Memorial News
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura
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Por Juca Queiroz - Redação

Jornalista MTB 088/DRT-AM

Fotos: Reprodução/TV A CRÍTICA


PARINTINS/AM - O Boi Caprichoso abriu a terceira e última noite do Festival de Parintins com o espetáculo "Kaá-Eté – Retomada pela Vida", unindo força estética e espiritualidade para defender a floresta e os povos que nela vivem.


Iniciando o espetáculo, foi projetada a imagem de Chico Mendes no chão do bumbódromo. Logo em seguida, o boi Caprichoso surgiu em um 'homem borboleta' que tomou a arena e levou a galera azulada ao delírio.


Na última noite, o Caprichoso apresentou a lenda de Waurãga e os Wauã-Kãkãnemas. Segundo os saberes ancestrais, Waurãga é a deusa e guardiã da mata, chamada de “mãe de todas as mães desta mata”. Quando o território é violado por grileiros, madeireiros ou garimpeiros, ela desperta com olhar de fúria e aciona os Kãkãnemas, espíritos da floresta que habitam os corpos dos animais e travam uma batalha invisível contra os invasores.

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Na galera, uma enorme 'cobra grande' ganhou vida, enquanto na arena o módulo alegórico revelou a cunhã-poranga Marciele Albuquerque, representando a mãe das mães. A toada 'Turbilhão azul', conduzida pelo levantador Patrick Araújo, fez uma verdadeira pororoca na arena.


Em seguida, o Caprichoso trouxe ao bumbódromo o ex-levantador de toadas Edilson Santana, que interpretou "Utopia Cabocla". Ao fundo, surgiu a sinhazinha Valentina Cid, que evoluiu ao lado do Touro Negro da Amazônia.


A figura do seringueiro amazônico também foi homenageada pelo boi, reconhecendo em Chico Mendes o símbolo de uma luta que resiste até hoje. A filha do líder seringueiro, Angela Mendes, entrou no bumbódromo ao lado da faixa "Amazônia de pê". O módulo alegórico ganhou os céus e trouxe o mapinguari e a porta-estandarte Marcela Marialva. O amo Caetano Medeiros cantou e tocou charango, além de provocar o amo do boi rival.

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No momento coreográfico, o espetáculo trouxe Yacuruna, o senhor das águas. Ser místico que habita o fundo dos rios e lagos, Yacuruna tem aparência híbrida e guarda as profundezas da Amazônia. De dentro dele surgiu a Mãe D'água, interpretada pela Rainha do Folclore, Cleise Simas.


A noite foi encerrada com um ritual indígena de cura, protagonizado pelo povo Yawanawá, do Acre, e conduzido pelo pajé Erick Beltrão. Os integrantes realizaram o mariri, um ajuntamento circular de cantos e danças que abre caminho para o xamã entrar em transe e buscar a cura espiritual dos enfermos. A cena trouxe à arena a força coletiva da sabedoria ancestral, ressaltando que a cura da terra passa também pela cura do corpo, do espírito e da memória dos povos originários.

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